sexta-feira, 24 de maio de 2019

Violência Doméstica

No livro Índice da Maldade, Hernâni Carvalho classifica vários perfis que identificam o agressor doméstico. A violência doméstica cada vez se expande mais. Parece que quanto mais independente e capaz a mulher se torna, mais ela é atingida pelo domínio do homem machista e invejoso do sucesso de sua companheira. Ele não aceita nem aplaude a vitória daquela que lhe faz sombra. O perfil do violador é quase sempre o mesmo: no primeiro ano da relação ele se comporta como um agradável companheiro, passando a se tornar critico e ofensivo no ano seguinte. Depois as ofensas seguem uma vez por mês até atingir semanalmente e por fim, diariamente. É tudo sempre igual. Ele tem que humilhar, quebrar a auto estima da companheira.
Não precisa ser violência física, pois o covarde é feliz ofendendo com palavras procurando destruir tudo que seja possível naquela que ele escolheu como vitima. Ele sente prazer em se fazer de ofendido, acusa a mulher de magoá-lo e não aceita ser criticado ou que lhe apontem seus erros e suas palavras que ferem mais que um punhal. Cada vez que ele se excede nas ofensas costuma pedir perdão e presentear a ofendida. Tenta encobrir as agressões com agrados para que a vitima lhe desculpe e esqueça o sucedido, para novamente voltar a repetir o que já se tornou rotina.
Muitas mulheres sofrem caladas, escondendo dos parentes, dos amigos sua dor, por vergonha e por medo. Denunciar significa expor a verdade a público e isto pode trazer sérias consequências, pois o maníaco descoberto é capaz de cometer as maiores barbaridades.
Quando a casa é sua ele sente prazer em expulsar a mulher, quando está na casa de vítima ele se acomoda como um pássaro no ninho. Não sente vergonha, nem pudor, age como um canalha. Quando abandonado, o agressor doméstico mata  não por amor ou por ciúmes, mas sim porque perdeu seu objeto de tortura, então, por isso, desesperado, comete a loucura de também tirar sua própria vida. Este tipo de pessoa, é um ser doente,  geralmente um sociopata, incapaz de amar. 





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