quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Lisboa, Quarenta Anos Depois 2

sucessos agora virou um estacionamento, está em ruínas . Os teatros demolidos ou desmoronados, os café, restaurantes tudo acabado, como se a mão implacavél do tempo sem dó, sem pena, lá estivesse destruindo tudo, sem respeito, acabando com o glamour, o charme de um centro cultural tão completo e de tanta história da arte de um país... A esperança já desponta quando andamos pelo espaço olhando os tapumes que anunciam um novo teatro no lugar do Capitólio, um projeto para a construção do teatro Raul Solnado....... que alivio !!!! Pelo menos existe um plano a ser executado! As paredes do teatro Variedades estão cobertas com cartazes de todos os espetáculos que lá foram encenados e de repente me acho no meio da história do Teatro de Revista de Lisboa. Ah! Que emoção ver meu nome e minha foto fixado naquele pedaço da arte de Portugal! E lá no mesmo lugar, naquele cantinho ainda está funcionando o teatro Maria Vitória, obra e coragem de um homem chamado Helder Freire Costa, que ainda acredita no teatro de revista no Parque Mayer. Um herói! Um guerreiro! Um empresário cheio de coragem, vontade e alegria no coração! A revista " Vai de em@il a pior " é uma satisfação e um prazer assistí-la com uma geração nova de bons artístas e alguns excelentes veteranos. A estrela é Florbela Queiroz, importante nome nas artes cênicas de Lisboa, que encanta e nos faz rir, muito a vontade em cena, acompanhada pela simpatia e comicidade de Paulo Vasco e Carlos Queiroz. Os autores Francisco Nicholson e Mário Raínho, num texto bastante atual e inteligente, nos proporcionam momentos de alegria e descontração. Fomos assistir este espetáculo com nosso amigo o jornalista, professor e escritor Jorge Trigo, um dos lutadores pela sobrevivência do Parque Mayer. Portugal está atravessando uma grande crise social, financeira e política, mas homens como Helder Freire Costa não se intimidam com facilidade e no teatro Maria Vitória já está ensaiando sua próxima revista, desta vez sobre a Troika. Nossa admiração e respeito por estes artístas portugueses que teimam em não deixar morrer uma arte tão viva como o teatro de revista !!!!