domingo, 30 de outubro de 2011

Lisboa ....Quarenta Anos Depois 1

Sempre tive vontade de voltar a Portugal, rever os lugares que conheci, que deixaram saudade. O teatro onde me apresentei como vedete brasileira, onde morei, e as pessoas que fizeram parte do meu caminho naquele momento. Achava que talvez um dia isso pudesse acontecer. E ACONTECEU !!!!!!!!!!!!! Incrível como isso se sucedeu.


Quando trabalhei em Lisboa conheci uma pessoa que me encantou, seduziu e me apaixonei.....um português, moreno, bonito e gentil. Foi um romance cheio de promessas, um amor a primeira vista, no café do Parque Mayer, junto ao Teatro Variedades onde eu atuava. A primeira vez que o vi já sabia que ele seria meu único amor em Portugal. Vivemos uma intensa paixão e logo fomos morar juntos. Alugamos um apartamento e quando o contrato acabou ele me levou para a casa de seus pais.


Ele era filho único e eu fui recebida como uma rainha pela sua mãezinha dona Maria Helena e pelo pai, sr. Fernando. Logo toda a família me tratava como se eu fosse parte daquele clã: com muito carinho e respeito. Mas eu tinha uma família no Brasil , uma mãe que dependia de mim e um filho para criar com dez anos de idade. Chegou a hora da despedida que foi bastante dolorosa, difícil, mas impossivel de evitar..... O amor acaba com a distância ou aumenta? A verdade é que ele veio ao Rio de Janeiro a minha procura e tudo deu errado para nós dois e terminou o prazo de turista ele partiu deixando comigo a certeza que nunca mais o veria..... Se passaram quarenta anos...... e ele em Portugal contando para uma brasileira seu romance comigo ela lhe aconselhou: " procure ela na Internet....no Facebook....no Orkut " e assim, ele me encontrou ....... Levei um susto, quando recebi uma mensagem de Fernandes Envia.


Depois de três meses de conversas diárias pelo MSN , WEB CAN, ele foi ao Brasil me buscar e aqui estou morando em Portugal, com aquele que foi meu amor e que a vida nos separou. Moramos num lugar adorável chamado Sobreda da Caparica, pertinho de Lisboa, um bairro sossegado, bastante residencial, com estrutura própria.


E desta vez, esperamos que seja para sempre, até que a morte nos separe!!!



Quando vim trabalhar em Portugal, todo mundo dizia : " Ah! Você não volta mais , vai casar com um português, eles adoram as vedetes brasileiras". Não aconteceu na época, mas .... a voz do povo....sempre tem razão !!!!!

2 comentários:

  1. Querida Eloína,
    Descobri o seu Blog, hoje, 27 de Abril, quase ao acaso, se é, que isto, existe.
    Adorei, rever suas fotos dos tempos gloriosos do teatro de revista, que, eu (lamentávelmente)só podia acompanhar, através das revistas; pois, eu era muito jovem, aquela época; eu sou de Abril de 1946.
    Mas, também, adorei, ver suas fotos mais recentes, e constatar, o quanto, você continua bonita, conservando o mesmo sorriso contagiante.
    Mas, o que mais me cativou e encantou, foram as suas histórias de vida, aliás, que coisa mais bonita este seu reencontro com o antigo amor europeu; que história incrível!
    De todo o coração, eu lhe desejo muita saúde, muitas felicidades, junto ao seu marido Fernandes; torcendo, para que vivam juntos, em harmonia, por muitos e muitos anos em Portugal, com as bençãos de Deus.
    Afinal, vocês fizeram por merecer!
    Espero, que, continues atualizando o Blog, contando as histórias de sua vida profissional e pessoal; para nosso deleite e encantamento.
    Também, poste mais fotos, para matar nossas saudades de uma grande artista brasileira; uma grande vedete; bem como, uma grande mulher, revelada nestas suas memórias, tão bem descritas neste Blog.
    Aceite, o meu beijo e o meu carinho.
    Paulo Alberto (Niterói-RJ)

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  2. Prezada Eloina,
    Sou estudante de teatro e um grupo da minha turma apresentou um trabalho sobre O teatro de revista no Brasil, e lá apareceu sua image,. Fiquei impressionada como as mulheres era "femininamente" lindas! Sem academias, ou coisas afins... Fiquei muito interessada pelo tema de estudo e tenho lido a respeito. Parabéns a todas vocês vedetes que desbravaram o trabalho para nós mulheres da arte.

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